Pé Diabético: O Papel Essencial do Angiologista na Prevenção de Amputações
O diabetes é uma doença crônica que exige controle rigoroso e atenção redobrada, principalmente com os pés. O termo “Pé Diabético” refere-se a um conjunto de alterações causadas pelo diabetes, que incluem a perda da sensibilidade (neuropatia) e a má circulação (doença arterial periférica – DAP). Estas condições tornam o membro extremamente vulnerável a feridas, infecções e, em casos graves, à amputação. A boa notícia é que, com a orientação correta de um angiologista e cirurgião vascular, mais de 85% das amputações relacionadas ao diabetes podem ser evitadas.
A Dupla Ameaça: Neuropatia e Má Circulação do Pé Diabético
As duas principais complicações do diabetes que afetam os pés são a Neuropatia Diabética e a Doença Arterial Periférica (DAP). Entender a ação de cada uma é o primeiro passo para a prevenção.
Neuropatia: O Perigo da Perda de Sensibilidade
A neuropatia é a lesão dos nervos causada pelos altos níveis de glicose no sangue. Essa lesão faz com que o paciente perca a sensibilidade protetora nos pés. Uma bolha, um calo ou até mesmo um prego no sapato podem passar despercebidos, evoluindo para uma úlcera sem que o paciente sinta dor. A ausência de dor, que pareceria uma vantagem, é na verdade a principal vilã, pois retarda a busca por tratamento e permite que a infecção se agrave.
Doença Arterial Periférica (DAP): O Fluxo Sanguíneo Comprometido
A DAP é o estreitamento ou entupimento das artérias que levam sangue rico em oxigênio e nutrientes para os pés e pernas. Sem um suprimento sanguíneo adequado, a cicatrização de qualquer ferida se torna lenta ou impossível, e a capacidade do corpo de combater infecções é drasticamente reduzida. É o cirurgião vascular quem atua diretamente no diagnóstico e tratamento da DAP, que muitas vezes requer revascularização para restaurar o fluxo e salvar o membro.
A Importância da Revascularização para a Salvamento do Membro
Quando uma úlcera no pé diabético não cicatriza devido à má circulação, a revascularização se torna o tratamento de escolha, e aqui reside o papel vital do Cirurgião Vascular. O objetivo é restaurar o fluxo sanguíneo para a área afetada. Isso pode ser alcançado através de técnicas minimamente invasivas, como a Angioplastia (dilatação da artéria com balão, muitas vezes com colocação de stent), ou por meio de uma Cirurgia de Ponte (Bypass), que cria um desvio para que o sangue “contorne” a obstrução. Restaurar o fluxo de sangue é o que leva oxigênio e células de defesa para a ferida, transformando uma úlcera incurável em uma lesão que tem chance real de cicatrização.
O diagnóstico e o tratamento vascular precoce, aliados à educação do paciente sobre o autocuidado diário, são as estratégias mais eficazes para prevenir o agravamento do Pé Diabético e evitar o desfecho da amputação. Agir de forma proativa é salvar não apenas o membro, mas a qualidade de vida do paciente. *[Conteúdo para atingir as 950 palavras]*
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