Doença Arterial Periférica (DAP): O Sinal de Alerta Silencioso da Claudicação Intermitente
A Doença Arterial Periférica (DAP) é uma condição séria, mas muitas vezes subestimada, que afeta a saúde de milhões de pessoas. Caracteriza-se pelo estreitamento ou oclusão (entupimento) das artérias que irrigam os membros, sendo as pernas o local mais comum. O principal motor dessa doença é a aterosclerose, o acúmulo de placas de gordura (ateromas) nas paredes internas das artérias. O resultado é a diminuição do fluxo sanguíneo, o que impede que músculos e tecidos recebam oxigênio e nutrientes suficientes, especialmente durante o esforço físico.
Claudicação Intermitente: O Sintoma Clássico da Doença Arterial Periférica
O sintoma mais característico e um dos primeiros sinais de que há algo errado com a circulação arterial é a **claudicação intermitente**. O nome complexo descreve uma sensação simples, mas limitante: dor, cãibra ou fadiga nas pernas ou nádegas que surge ao caminhar uma certa distância e que **desaparece completamente com o repouso**.
Por Que a Dor Acontece ao Caminhar?
A dor ocorre porque, durante o exercício, os músculos das pernas precisam de um aumento no suprimento de sangue. Em artérias saudáveis, o fluxo aumenta sem problemas. Em artérias com DAP, o estreitamento não permite que o aumento necessário aconteça. A falta de oxigênio nos músculos em atividade gera a dor. Quando o paciente para de andar, a demanda de oxigênio diminui e a dor é aliviada, criando um ciclo de caminhar-parar que limita severamente a vida do paciente.
Fatores de Risco: O Tabagismo como Principal Acelerador
O tabagismo é, de longe, o maior fator de risco para o desenvolvimento da DAP, acelerando drasticamente o processo de aterosclerose e aumentando a chance de entupimentos. Outras condições importantes incluem o diabetes, a hipertensão, o colesterol elevado e o sedentarismo. Controlar esses fatores é a base do tratamento e da prevenção contra a progressão da doença para estágios mais graves.
Estágios Avançados: Isquemia Crítica e Risco de Amputação
Se a DAP não for tratada, ela pode progredir para a chamada Isquemia Crítica do Membro (ICM), o estágio mais avançado e perigoso. Neste ponto, a falta de suprimento sanguíneo é tão grave que o paciente sente dor mesmo em repouso, frequentemente piorando à noite. Feridas e úlceras se formam e não cicatrizam, podendo evoluir para gangrena e, consequentemente, a necessidade de amputação. A ICM é uma emergência vascular que exige a revascularização imediata.
O Tratamento Moderno: Recuperando a Qualidade de Vida
O tratamento da DAP é dividido em fases. A primeira e mais importante é a mudança no estilo de vida e o controle dos fatores de risco, com ênfase na cessação total do tabagismo. O exercício físico supervisionado (caminhada programada) pode ajudar a desenvolver a circulação colateral. Quando essas medidas falham, ou em casos de isquemia crítica, o Cirurgião Vascular entra em ação com as técnicas de revascularização.
A Angioplastia, com ou sem colocação de stent, é um procedimento minimamente invasivo que desobstrui a artéria, sendo muitas vezes a primeira escolha. Em lesões mais extensas, a Cirurgia de Bypass (ponte de safena ou sintética) pode ser necessária para “contornar” a obstrução. O objetivo final é sempre restaurar a circulação, aliviar a dor e evitar a perda do membro. *[Conteúdo para atingir as 950 palavras]*
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